Nos últimos 10 anos, o mercado de medicamentos nos países em desenvolvimento tem sido o pilar do desenvolvimento da indústria farmacêutica.

Com o avanço da indústria farmacêutica, o QbD (Quality by Design) tem recebido destaque e a Qualidade pelo Controle (QbC) tem sido introduzida. No Brasil, já podemos observar esse movimento nas diretrizes de Boas Práticas de fabricação de Medicamentos (BPF), com a introdução da verificação contínua do processo, como alternativa à validação tradicional, para produtos desenvolvidos pela abordagem de Quality by Design (QbD). 

Falei sobre isso no artigo anterior:

Essa mudança está substituindo a Qualidade pelo Teste (QbT) pela Qualidade pelo Controle (QbC), estabelecendo assim as bases para a Produção Contínua de Medicamentos.

A produção contínua de fármacos e medicamentos tem se tornado cada vez mais atrativa tanto para a indústria quanto para a academia. Ela possui o poder de impulsionar transformações tecnológicas além dos limites estabelecidos pelos processos em lote tradicionais. É um movimento em espiral, onde observamos o contínuo desenvolvimento do conhecimento, da ciência e da tecnologia, gerando inovação no modo de fabricação farmacêutica. 

Referência bibliográfica: Yang W, Qian W, Yuan Z, Chen B. Perspectives on the flexibility analysis for continuous pharmaceutical manufacturing processes. Chin J Chem Eng. 2022 Jan;41:29-41. doi: 10.1016/j.cjche.2021.12.005. Epub 2021 Dec 20. PMID: 36644479; PMCID: PMC9828886.

Bianca Aloise Maneira Corrêa Santos
Cientista e Professora
Mestre e Doutora em Ciências Farmacêuticas (PPGCF-UFRJ) | Professora da Faculdade de Farmácia (UFRJ) | Pós-doutoramento industrial (GSK-UK)| Pesquisadora Honorária (DMU-UK)

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